quarta-feira, 6 de junho de 2012

Um e alguns dias depois.

Filho quantos anos você vai fazer? E faz um com o dedinho, e depois bate palma pro parabéns. E depois ele faz um ano, e a gente canta parabéns e ele não bate palma de assustado que está com aquela adulterada toda gritando derrama senhor pro desespero da mamãe. E na festinha depois de suar a camisa até literalmente o último minuto a gente chora na hora do parabéns, e depois de cortar o bolo relaxa, acha tudo lindo maravilhoso e pensa: aah! meu filho é o melhor do mundo e eu sou uma abençoada.

Aí, a gente acorda no dia seguinte, leva ele pra pracinha, e ele dá com a pá na cabeça da amiguinha que estava dividindo relutante gentilmente os brinquedinhos...


Alguma coisa acontece no meu coração.

Isso porque a gente pula a parte da greve de fome que ele anda fazendo desde que criou uma nova relação de dependência com o seu peito que é pior que a do pai com a namorada nova!
Sim, porque ele gosta tanto de mamar que às vezes senta no meu colo, encosta a cabeça entre os peitos dele e fica conversando com eles.
Calma, nada como uma boa noite de sono. Há! Como se você ainda lembrasse o que isso significa. O que dá pra fazer é tirar um cochilo interrompido a cada duas horas e levantar as 6:00h em ponto depois de já ter desistido no terceiro mês de tentar fazer ele dormir só mais um pouquinho, por favor!
Então depois de respirar fundo e esquecer que a maneira escolhida pelo seu bebê de retribuir o beijo na bochecha e o carinho na cabeça dados por livre e expontânea vontade pelo amiguinho da natação foi um beliscão na barriga - pelo amor de deus onde ele aprendeu isso!? - a gente para, e pensa.
Pensa em como vai agir diante dessa nova fase do seu guri, pensa no modo que se adapta melhor à rotina de vocês dois para ensinar a ele que essa não é a forma correta de se lidar com a frustração e de se comunicar com as outras crianças. Porque a maternidade é um aprendizado duplo, e todo o esforço exigido do seu bebê para aprender um coisa nova é também um esforço seu. Para mudar a rotina, seja introduzindo um novo elemento ou se livrando de hábitos que já viraram prejudiciais ao estar bem de um dos dois, é preciso estar bem decidida, preparada psicológica e muitas vezes fisicamente, e é preciso ter ponderado o suficiente sobre o caminho que se quer seguir a partir daí. Porque voltar atrás é pior do que não começar. Ao voltar atrás você mostra ao seu bebê que ele te venceu nessa batalha, porque é mesmo uma pequena grande luta pelo poder. Ele te testa o tempo inteiro, e você bem sabe disso, porque tem vezes que parece até que ele está de implicância! Mas peraí, quem é a criança mesmo? Nessas horas só ele, mas é a criança que você guardou aí dentro que na maioria das vezes, pode inventar soluções criativas para resolver esses pequenos problemas, e te impedir de enlouquecer e de jogar sua criança feito bola na parede mais próxima!
E sempre que a paciência tiver perto do fim o melhor mesmo é pedir pra um outro alguém ficar um pouquinho com seu pequeno, e cuide para que seja antes que ela acabe! Mas como nem sempre é possível (não deixar ela acabar e ter alguém por perto quando você já está esgotando), algumas alternativas como ir passear, ler um livro juntos, colocar uma música que ele goste pra cantar e dançar junto, a galinha pintadinha 1, a galinha pintadinha 2, a galinha pintadinha pra colorir, o cd da galinha pintadinha, e etc... costumam distrair a atenção dele e riscar mais uns minutinhos na contagem regressiva até a próxima soneca!

Agora sai dái e corre pra escada porque o macaquinho  lindinho do seu filho já aprendeu a subir degrau por degrau, porque quando era só o controle da TV até dava pra fazer vista grossa!

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