terça-feira, 19 de junho de 2012

Titia, eu te amo.

Elas são irmãs. Elas são amigas. Elas são maravilhosas.
E agora, elas são tias.
Foram elas que tornaram essa gravidez repentina mais tranquila pro nosso coração. Foram elas que nos emocionaram ao se emocionarem com o feijãozinho que estava a crescer dentro da gente. Foram elas que nos deram amor incondicional desde sempre, e hoje, são elas que pegaram esse amor todinho e depositaram lá no coraçãozinho do filhote, mas sem quase nunca esquecer de deixar um pouquinho pra gente!


Uma pausa para todo o nosso amor direcionado à titia oficial:
A sua irmã. Ela então, nem tia é. Virou tetéia. Porque ela é linda, ela é gostosa, ela faz tudo por você, ela dá aquele sorrisão pro seu filho e ganha um maior ainda de volta, ela que quase foi contar sozinha pro seu pai que você tava grávida, ela que dirige, ela que te faz companhia quando todo mundo está indo curtir a vida adoidado, ela que vai com você comprar roupinhas pro rebento, ela que te escuta, ela que te atura, ela que corre atrás dele pra você experimentar uma roupa rapidinho, pra você se depilar, pra você comer o que der pra enfiar guela abaixo rapidinho! Porque a gente confia de olhos fechados, de mãos atadas, de pés amarrados e de cabeça pra baixo. A gente bota a mão no fogo e agradece por saber que se morrermos cedo temos essa alma poderosa que vai fazer um trabalho que você aprovaria educando o seu filho. Porque ela tem mais moral com ele do que você mesma. Porque quando você não está ela é a única que não vai deixar ele comer todas aquelas porcarias que você nunca nem deu pra ele! Porque ela nasceu em sintonia com o seu coração.
Por essas e outras mais a gente atura a pentelha mais amada titia disposição pra qualquer hora. É incrível perceber como pode alguém amar e cuidar do seu filho como se fosse dela. 
Ela é quase você, só que é mais legal.
Nós amamos a titia.


E pronto, podemos prosseguir:
Uma vantagem de ser mãe cedo, e solteira então..! é a de ter toda a sua roda de amizade bem ali, amassadinha pra caber no seu cotidiano. E como nós somos jovens, jovens, jovens, mas não somos do exército do surf, estão sempre nos ofertando aquele leque de saídas bacaninhas, que quase sempre recusamos ok!, mas que de vez em quando podemos aproveitar junto com o bacuri, ou, quando ele ficar maiorzinho, sem ele, porque justamente a outra tia, aquela que não for pra baladinha vai estar de babá. Fora que como só você é a descuidada do grupo e foi a escolhida pra dar o exemplo de que gente, camisinha é importante mesmo com os namorados!, ninguém tem um pequeno pra chamar de seu, e adotaram o seu como sendo deles também, dando toda a atenção, carinho, amor, e baba necessários pra que ele cresça estragado pra sempre! Os titios estão todos presentes sempre que você sai e carrega o pequeno contigo, o que é uma delícia pra mamãe, que pode sentir esses seres mais que amados amando seu pequenino, além de poder largar o miudinho na mão de algum deles e ir fofocar com o outro (o que é até muito melhor!), e pro pequeno, que dá graças a deus de poder ver uma carinha nova na brincadeira (porque mãe, ele já cansou de você!).
O tempo define quais são os relacionamentos que duram e os que não. O tempo separa, o tempo une, o tempo reencontra, o tempo reforça laços. O nosso tempo, o de mãe solteira, é só nosso, e exige pouco comprometimento com vontades alheias, pouca concessão, pouco tenho que considerar essa opinião. Pouco porque nós não temos marido mas moramos com a mãe, com a tia, com o tio, com o cachorro, o papagaio, e ainda tem o nosso pai que é super sentimental e a tia que virou tia avó e faz questão da nossa presença em todos os eventos!
Mas, quando o mascotinho da família cresce um pouco, a gente já começa a se permitir, e ser permitida, a zanzar com ele na vida social, e sem ele também. E é aí que as titias se tornam ainda mais importante. Todo e qualquer par de mãos extra é super bem vindo quando se sai sozinha com o filho no sling, a mala dele numa mão e o dinheiro da passagem na ida e do taxi na volta (porque de taxi nos dois prejudica a poupança pra creche!). Quando se chega no lugar e tem que guardar a bolsa, tirar o filho do colo, beber uma água e fazer um xixi, tomar cuidado pro filho não derrubar aquele negócio ali, e não deixar que ele saia correndo puxando a roupa de todas aquelas pessoas que você nem conhece, é essencial ter aquela tia que pega a bolsa pra você enquanto a outra tira aquele peso o seu filho do colo. Aí você respira, sorri, conversa, bebe um pouquinho, dá uma gargalhada, dá uma olhadinha no filho, escuta uma musiquinha, e quando chega em casa pensa em como a vida foi generosa com você, apesar de tudo.
Porque podem faltar algumas coisas.
Mas elas, elas estão sempre ali.

Nossas irmãs, nossas amigas:
os corações que escolhemos para andar de mãos dadas ao nosso, e hoje, ao do nosso filho.

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